quinta-feira, 20 de maio de 2010

A HISTORIA DE UM ACIDENTE, QUASE MORTAL.

Da série: antes de voltar ao Brasil me apaixonar perdidamente e tentar fincar raízes, como agora faço...

Como um reles acidente poderia ter mudado minha história...

30 de Julho de 2006, domingo de Sol nas estepes africanas. Estava em Bay Diving, África Oriental, um dos locais mais lindos do mundo, em pleno Oceano Índico, muito bem acompanhado, claro. Ao meu lado, minha terceira esposa.

Claro que petiscamos aqueles incríveis camarões gigantes que só existem naquele lado do mundo, bem em frente à Ilha de Madagascar, com sua insuperável flora e fauna marinhas.



Após um dia muito camarão e muita cerveja, principalmente a portuguesa Laurentina e a sul-africana Amstel (imbatíveis), minha mulher ficou em Bay e eu fui pernoitar 120 km adiante, na cidade de Nampula, quase 100% muçulmana, com quase todos seus prédios destruídos pela guerra civil, mas com Hotéis de boa qualidade. Tinha reunião de manhã cedo na Danish Association.
A viagem para Nampula foi tranquila, dirigindo meu carro de trabalho, um  Land Cruiser japonês, com volante do lado direito e especialmente adpatado para as dificuldades africanas, com 2 tanques de oleo diesel e 2 pneus de socorro, além de totalmente reforçado.
No Hotel, 2 horas da manhã, resolvi tomar banho... como já havia tomado muito banho de cerveja antes deste que seria um reparador banho de água quente, escorreguei e caí de costas em cima do vaso sanitário.
Não consegui mais levantar, com muitas dores e falta de ar.
Pela manhã, um colega português que trabalhava e viajava comigo, Marcos Teixeira, “resolveu” salvar minha vida, pois, estranhando minha demora em ir tomar o Café da Manhã, conseguiu autorização para abrir a porta do meu quarto e encontrou-me agonizando no banheiro.
Na queda, eu ainda não sabia, mas uma vértebra havia perfurado meu pulmão esquerdo, que sangrava e enchia a pleura de sangue. Estava com um edema pleural e poderia morrer sangrando se não tivesse ajuda imediata.
Daí em diante, 2 paradas respiratórias depois, avião da Air Corridor até Maputo, internamento na Sommerschild, intervenção cirúrgica para drenar o sangue já apodrecido.
Interessante o fato que, em 50 anos de idade, só havia entrado em Hospital por 5 vezes em toda a minha vida --- para buscar meus 5 filhos quando nasceram.
Quando entrei pela primeira vez em um hospital como cliente, quase morto, fui direto pra UTI e pude refletir sobre a temporalidade da vida, quase findada por um reles acidente no banheiro.
Atualmente, estou clinicamente curado, sem sequelas.
Vale ressaltar que fui operado e clinicado apenas por médicos africanos por oção própria minha. E, a médica que me acompanhou no pós-operatório era uma bela moçambicana, com Doutorado na Unicamp...
Ressalto também que eu viajava diariamente nesta época, de avião, de carro, de jegue, a pé... e nunca havia me acontecido nada. Fui me acidentar no banheiro de um Hotel.
Culpa da Amstel, bela e forte cerveja da Africa do Sul, esta desgraçada --- mas, sem dúvida, companheira leal e, posso garantir, tão gostosa e fiel que, contrariando a vontade dos meus filhos e de alguns amigos, continua ao meu lado até hoje...

5 comentários:

  1. È querido a vida acaba nos proporcionando oportunidades que não deve ser desperdiçada, quanto a sua 3 esposa isso me é novo.

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  2. Grande Mestre, esse fato o senhor não nos informou.
    Eu só ouço a historia “em 50 anos de idade, só havia entrado em Hospital por 5 vezes em toda a minha vida --- para buscar meus 5 filhos quando nasceram”.

    Peço que destaque nas próximas estórias do senhor esse acontecimento.

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  3. Rsrs, verdade, sempre omito este fato porque me reporto a doenças (que jamais conseguiram me abater) e não a acidente. De qualquer forma, valeu a reprimenda... entrei sim em Hospital uma vez, sem ser para buscar meus filhos ou ministrar aulas... obrigado pela correção...

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  4. Olha que susto horrível... Karina Renata.

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  5. Lembra da marchinha do carnaval de outrora? "vc. pensa que....é água....."kkkkkkk
    Marisa

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